Nova Medicina Germânica: relação mente e corpo

Meditaçao

Nova Medicina Germânica: a nova forma de compreender a relação cérebro,  mente e corpo no desenvolvimento das doenças

E se você descobrisse que suas doenças não são acasos? Que seus sintomas tem um sentido para o seu organismo? E além disso a chave da sua cura está em seu próprio corpo, mais especificamente nas suas percepções.

Parece muito abstrato, mas na verdade esse é um pequeno esboço do que a Nova Medicina Germânica propõe. Ela foi desenvolvida por um médico alemão chamado Ryke Geerd Hamer, que começou a estudar a relação mente-cérebro-corpo quando desenvolveu câncer nos testículos logo após vivenciar um evento muito traumático em sua vida que foi a morte de seu filho Dirk. Sua esposa também evoluiu com um câncer nos ovários e então Hamer percebeu que isso não era um acontecimento aleatório.

Ele então descobriu que o nosso corpo responde a eventos traumáticos com uma resposta imediata na tríade percepção – cérebro – corpo, dessa forma diante de um estresse haverá uma alteração no cérebro e no órgão correspondente. Essa resposta acontece para aumentar as chances de sobrevivência do indivíduo. E como isso acontece?

Por exemplo, um indivíduo que está com sérios problemas financeiros e se vê numa situação onde não pode compartilhar o seu problema e não há solução aparente para o conflito, ele poderá desenvolver um nódulo no fígado, já que a falta de dinheiro arcaicamente remete à falta de alimento (quem não tem dinheiro consequentemente poderá ficar sem alimento).  Mas por que o fígado? Porque o fígado tem uma função de armazenamento já que nele a glicose é armazenada na forma de glicogênio.  Quando o individuo se encontra numa situação de carência financeira, por exemplo, o cérebro manda a informação para o órgão (fígado) aumentar sua função para garantir  um maior armazenamento de glicose pois, afinal, quando há risco de faltar, guardamos mais… Para aumentar a função há um aumento do número de células que pode ser diagnosticado como um tumor.

Uma vez resolvido o problema, a tendência será haver uma morte dessas células excessivas ou o que chamamos de encapsulamento do tumor, que significa que não haverá mais crescimento desse tumor.

Essa mudança no curso da doença pode acontecer pela ausência do agente estressor ou pela mudança da percepção da pessoa em relação àquele conflito. É dessa forma que o profissional atua, auxiliando o paciente a entender a causa da sua doença, a como lidar com seus sintomas e a tentar mudar sua percepção sobre o conflito.

Parece simples demais?  Em partes, pois não somos educados para confiar na sabedoria do nosso corpo e nem encarar nossos conflitos mais doloridos de uma forma mais natural. Então no começo pode ser difícil tratar doenças dessa forma, afinal o usual é tomar remédios, mascarar sintomas, cortar partes e anestesiar sentimentos. Medicamentos e cirurgias tem uma função muito importante mas a verdade é que precisamos olhar a causa da doença.

A proposta dessa coluna que vocês continuarão a acompanhar é fazer com que as pessoas aprendam a olhar o seu corpo, seus sintomas e suas doenças de uma forma mais consciente, mais simples e, principalmente, entendam que a cura está dentro de nós mesmos.

Mariana Oliveira Luiz
Fisioterapeuta - Matérias Osteopatia e Medicina Germânica
Especialista em Fisioterapia Músculo-esquelética pela Irmandade Santa Casa de Misericórdia
Formação em Osteopatia Estrutural pelo Instituto Docusse de Terapia Manual
E-mail: mariana.fisioterapeuta2009@gmail.com
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  • Jose Joao Rufino

    “Focalizar a atenção no mundo interior, como se faz na meditação, é uma situação terapêutica”, diz o psicólogo José Roberto Leite, coordenador do instituto de medicina comportamental da Unifesp. “Queremos avaliar o alcance dessa prática e isolá-la de seu aspecto supersticioso.” Por trás dessa intenção está o fato de que as causas de doenças mudaram muito nos últimos 100 anos. No passado, os males eram causados principalmente por microorganismos. As pessoas morriam de poliomielite, de sarampo, de varíola e outras doenças causadas por bactérias e vírus. Mas isso mudou, graças às melhorias em saneamento e à criação de antibióticos e vacinas. “Hoje, a maioria das doenças é causada por coisas como hipertensão, obesidade e dependência química, que estão ligadas a padrões inadequados de comportamento”, diz José Roberto. Ou seja, o que mata hoje são os maus hábitos.

    E são esses maus hábitos que se pretende combater pela meditação, também conhecida pelo pomposo nome de “prática contemplativa”. Apaziguar a mente, os cientistas estão descobrindo agora, pode reduzir o nível de ansiedade e corrigir comportamentos pouco saudáveis. O cardiologista Herbert Benson, da Universidade Harvard, um dos maiores pesquisadores da meditação e do poder das crenças na promoção da saúde, chega a estimar em seu livro Medicina Espiritual que 60% das consultas médicas poderiam ser evitadas se as pessoas apenas usassem a mente para combater as tensões causadoras de complicações físicas.

    • Mariana Oliveira

      Extamente José, a relação percepção-cérebro-corpo que durante muito tempo foi descartada hoje pode ser melhor estudada, e graças aos recursos tecnológicos que possuimos, ela pode ser analisada como um fato, e não algo cercado de misticismo.
      Ainda é necessário quebrar muitas crenças do inconsciente coletivo para que as pessoas entendam que ter uma vida mais saudável está diretamente relacionado com ter uma vida mais consciente da sua relação consigo e com o meio.