No dia 8 de maio de 1945 – há 70 anos – a Alemanha se rendia. Chegava ao fim a Segunda Guerra Mundial. Foram seis anos de grande turbulência que resultaram na morte de 50 milhões de pessoas. Quem viaja ao Velho Continente encontra muitas referências a esse período conturbado, principalmente em museus, que recriam a época em perfeição, um programa que entusiasma até mesmo quem não é fã de História.
Soldados soviéticos em batalha em Lviv, Ucrânia | Foto por Red Army via Wikimedia Comuns
Confira cinco museus imperdíveis na Europa que relembram a Segunda Guerra Mundial
(fonte: Guia O Viajante Europa 10ª Edição )
5. Museu da Grande Guerra Patriótica
Grande Guerra Patriótica é como a Segunda Guerra Mundial é conhecida no então mundo soviético, e é interessante conferir o olhar russo sobre os anos 1939 a 1945. O Museu, constituído de muitas salas, apresenta vários dioramas (reprodução visual em grande escala) sobre o conflito. Uma área externa, com armamentos, aviões, tanques e até locomotivas, compõe o ambiente.
Onde: Moscou, Rússia
Horário: ter-dom 10h-19h30
Ingresso: 250 rublos (3,50 euros)
4. Museu Imperial da Guerra (Imperial War Museu)
O museu foi fundado em 1917, em memória às guerras que envolveram o Império Britânico (ainda antes da Segunda Guerra). Guarda milhares de artefatos: veículos militares, armas, aviões de combate, fotografias, documentos, vestuário.
O local dedica espaços à Guerra Fria, a luta contra o Apartheid e a Primeira Guerra – mas tem como grande destaque a reconstituição da Segunda Guerra Mundial, incluindo a maquete de um campo de concentração e muitas imagens da época. Mesmo quem não curte o tema bélico deve curtir esse museu.
Onde: Londres, Inglaterra
Horário: seg-dom 10h-18h
Ingresso: gratuito
3. Topografia do Terror
Excepcional exibição sobre o regime nazista no local onde ficava o escritório central da Gestapo. O centro de documentação, por meio de fotos e registros diversos mostra como as ideias macabras de Hitler eram postas em prática, incluindo a criação de campos de concentração, a deportação de prisioneiros e a invasão a outras nações.
Algumas fotografias revelam o horror, em situações como os “toques de chamada” (roll call), em que os prisioneiros era obrigados a ficar enfileirados em pé por horas e horas num frio congelante; caso se sentassem, eram fuzilados na hora pelos nazistas.
Onde: Berlim, Alemanha
Horário: seg-dom 10h-20h
Ingresso: gratuito
2. Casa de Anne Frank
Foi aqui que a hoje célebre adolescente judia ficou escondida por dois anos, junto com sua família durante a Segunda Guerra. Na visita ao local, você percorre todo o esconderijo até uma galeria final que exibe a cronologia do conflito, destacando a trajetória da família Frank nesse triste cenário.
Vale a pena enfrentar as longas filas (em geral, ao fim da tarde e à noite é bem mais tranquilo): é um dos museus mais interessantes da Europa e um importante tributo à liberdade e aos direitos humanos.
Onde: Amsterdã, Holanda
Horário: variados, em geral seg-dom 9h-19h, em jul-ago até 22h
Ingresso: €9
1. Campo de Concentração de Aushwitz
Aqui foram mortos entre 1,5 e 2 milhões de pessoas de 27 nacionalidades diferentes, 90% judeus. Construído em 1940, com a finalidade inicial de abrigar presos políticos poloneses, o local logo virou um verdadeiro campo de extermínio nazista. Nas barracas onde os prisioneiros dormiam foram organizadas exposições pelos países envolvidos.
A câmara de gás se manteve preservada e ainda tem cheiro de morte. Alguns prédios mostram como era a vida diária dos presos, como eram os colchões feitos com cabelos dos que eram mortos; à mostra, uma infinidade de sapatos, malas e artigos pessoais ainda conservados. O salão com tranças de mulheres é melancolicamente inacreditável.
A 3km de distância fica Birkenau, também conhecido como Auschwitz II, com seu emblemático pórtico de entrada dos trens. Esse campo abrigava 300 barracas e quatro grandes câmaras de gás; muito disso foi destruído, mas em sua assombrosa imensidão é possível imaginar o horror que era. Caminhando mais ao final, você encontra o monumento aos mortos e o lago onde milhares de cinzas vindas dos crematórios eram despejadas.
Onde: Oswiecim (nome polonês para Aushwitz), a 75km de Cracóvia
Horário: aberto diariamente, mas horário varia ao longo do ano, de 8h-15h (dez-fev) a 8h-19h (jun-ago)
Ingresso: gratuito
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