Queridos leitores, No artigo de hoje, o Dr. Renato de Oliveira, ginecologista especialista em reprodução humana, falará sobre ciclo menstrual e fertilidade. Não esqueça, se você tiver alguma dúvida, mande sua pergunta! Abraços, Susana
Ao detectar alterações, a mulher deve procurar um ginecologista que investigará, por meio de exames, as causas do problema.
Vinte e oito dias é a média de tempo que dura um ciclo menstrual. Algumas variações, no entanto, podem ocorrer, sendo que, são considerados normais ciclos com intervalos entre 21 a 35 dias, contando do primeiro dia de um ciclo ao primeiro dia do outro. Para que a mulher descubra como funciona o seu organismo ou, até mesmo, perceba qualquer alteração neste período, é essencial acompanhamento e, se possível, manter anotadas todas as datas dos seus ciclos. Afinal, qualquer mudança deve ser muito bem observada, a fim de serem evitados problemas que, futuramente, possam a vir causar infertilidade.
Mas, como saber quando um ciclo é considerado irregular? Segundo o ginecologista especialista em Reprodução Humana da Criogênesis, Dr. Renato de Oliveira, o ciclo é avaliado como irregular quando não há um padrão. “Desde a primeira menstruação, a mulher deve criar o hábito de registrar a data que tem início as suas menstruações e quantos dias duram. Assim, é possível verificar se os seus ciclos mantém sempre um mesmo intervalo sendo, então, considerado regular. Se o intervalo dos ciclos varia muito, pode ser sinal de comprometimento da ovulação”, explica.
Ao perceber qualquer anormalidade, a mulher deve procurar um especialista que, consequentemente, recomendará exames, a fim de se detectar as causas do problema. Dentre os mais comuns estão a síndrome dos ovários policísticos, doenças na glândula tireoide, miomas, obesidade, emagrecimento exagerado, dentre outros.
Ainda segundo o médico, além de notar alterações na duração do intervalo entre os ciclos, a mulher também deve ficar atenta ao fluxo de sangue durante a menstruação. “Se o volume for muito grande pode causar anemia. Avaliar o volume da menstruação não é tarefa muito fácil, já que o que pode ser muito, para algumas mulheres, pode ser pouco para outras. Ficar atenta ao número de trocas de absorvente durante o dia pode nos dar uma ideia do volume do fluxo. O mais comum é trocar a cada período de quatro a seis horas, sem vazamentos, e usar cerca de seis protetores por dia. Se a mulher perceber que usa muito mais do que isso (absorventes “cheios”) e que não se passam nem duas horas para que precise trocá-lo, pode ser considerado um fluxo aumentado”, alerta.
FERTILIDADE? O ciclo menstrual regular é um dos fatores relevantes para o casal que pretende ter filhos, já que, ele pode ajudar a definir o melhor período do mês para ter relações sexuais. “O ideal é ter relações o mais próximo possível do momento da ovulação, ou seja, quando o óvulo é liberado pelo ovário. No entanto, vale lembrar que, saber o momento exato da ovulação é difícil, por isso, para aumentar as chances da concepção acontecer, o melhor é começar a ter relações sexuais um ou dois dias antes da ovulação. Assim, cresce a probabilidade de que haja espermatozoides saudáveis no corpo na hora em que o óvulo for liberado”, complementa o especialista.
As mulheres que pretendem engravidar, normalmente, usam um gráfico mensal, onde registram informações relativas ao ciclo menstrual, a popular “tabelinha”. Este método, no entanto, pode falhar para detectar o período da ovulação quando o ciclo menstrual não é regular. “Ainda é importante lembrar que alguns hábitos podem auxiliar para regular o ciclo, como manter uma alimentação saudável, praticar atividades físicas moderadamente, não usar medicações sem orientação médica, como por exemplo, pílulas do dia seguinte, e visitar um ginecologista regularmente”, orienta.
Sobre a Criogênesis
A Criogênesis, que nasceu em São Paulo e possui mais de 12 anos de experiência com células-tronco, é membro institucional da AABB (Associação Norte Americana de Bancos de Sangue). A clínica é referência em serviços de coleta e criopreservação de células-tronco, medicina reprodutiva, gel de plaquetas e aférese, incluindo a diferenciada técnica de fotoférese extracorpórea. Sua missão é estimular o desenvolvimento da biotecnologia através de pesquisas, assegurando uma reserva celular para tratamento genético futuro.