O descontrole hormonal pode acontecer em qualquer faixa etária e classe social. A grande explicação para o aparecimento do problema é a hereditariedade.
Há ainda sintomas mais difícieis de lidar, como depressão, irritabilidade, sensibilidade ao frio e baixa libido. Apesar de não refletirem diretamente na estética, afetam as relações pessoais e o rendimento no trabalho.
Como cada organismo reage de uma forma, muitas vezes a mulher procura dezenas de médicos antes de encontrar um diagnóstico preciso. Isso porque muitos profissionais acabam se baseando apenas nos resultados laboratoriais, sem avaliar a fundo as reações visíveis do corpo, por exemplo.
É preciso avaliar cada caso. Se uma paciente está com os exames normais, mas relata alterações físicas e psicológicas compatíveis com uma disfunção hormonal, sem dúvida vou levar em consideração essa avaliação para tratar a doença.
É comum as pacientes chegarem ao consultório tomando medicamentos para depressão, tristeza e cansaço, o que mascara os sintomas da disfunção hormonal. O melhor conselho é buscar sempre um diagnóstico preciso de quem procura entender o corpo como um todo e não por partes.
CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS
Ainda não é possível evitar que o corpo entre em desordem hormonal, mas alguns hábitos podem ajudar a potencializar os sintomas. “Fumo, consumo de bebidas alcoolicas e uso de pílula anticoncepcional não são, na prática, causas de desequilíbrios hormonais, mas influenciam de maneira negativa a doença”.
No entanto, o vilão da vida moderna tem uma posição de destaque como agente desencadeador das disfunções: o estresse. “O cortisol que circula no organismo da pessoa estressada é um hormônio produzido pelas suprarrenais e afeta o sistema imunológico, além de aumentar a pressão arterial e a glicose no sangue. Se o corpo fica mais propenso a doenças, também se torna mais frágil aos problemas hormonais.
Quanto ao tratamento, infelizmente, a medicina ainda não está tão evoluída a ponto de conseguir estimular uma glândula a produzir hormônio. Logo, problemas como o hipotireoidismo são tratados com reposição hormonal, o que faz com que seja preciso encontrar uma dose adequada individualmente.
Diagnóstico Preciso
Se você tiver algum tipo de dúvida de que seus hormônios estão em ordem, consulte imediatamente um endocrinologista. Ele vai te pedir um exame de sangue chamado TSH e T4, para avaliar se suas taxas hormonais estão mesmo de acordo.
CONHEÇA OS DISTÚRBIOS HORMONAIS MAIS COMUNS
Tireóide
A disfunção na tireoide, uma glândula em forma de borboleta que fica na base do pescoço, é muito comum nas mulheres. Acredita-se que pelo menos 20% da população feminina sofra com o mau funcionamento da glândula responsável pela produção dos hormônios que regulam o organismo.
Existem vários tipos de alterações da tireoide, os mais frequentes são o hipotireoidismo e o hipertireoidismo.
HIPOTIREOIDISMO
Problema mais comum ligado à tireoide. Caracteriza-se pela diminuição ou falta de produção do hormônio T4.
Sintomas: ganho de peso, cansaço, alteração do ciclo menstrual, pele oleosa, sensibilidade ao frio, queda e quebra de cabelo, sonolência, depressão e fragilidade das unhas.
Tratamento: reposição hormonal com controle pelo resto da vida.
HIPERTIREOIDISMO
É menos comum e mais grave, pois pode levar a problemas cardíacos e até a morte. Caracteriza-se pela superprodução dos hormônios T3 e T4.
Sintomas: emagrecimento rápido e sem motivo, exoftalmia (“olhar assustado”), taquicardia, irritabilidade, hiperatividade, alterações no humor e pele ressecada.
Tratamento: injeção de um neurotransmissor para bloquear o funcionamento exagerado da tireóide.
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