O ombro e as suas complexidades

Hoje iremos falar de uma das articulações que mais me fascina pela beleza, complexidade e harmonia dos seus movimentos, o Ombro!!

Para entendermos melhor o Ombro, precisamos inicialmente compreender o funcionamento do complexo da cintura escapular (conjunto das quatro articulações que participam dos movimentos do Ombro) e sua íntima relação com a coluna torácica.

O Ombro propriamente dito, é conhecido como articulação glenoumeral (essa é uma das articulações que compõem a cintura escapular). Essa articulação é formada pelo encaixe do úmero a escápula. Para que essa articulação possa funcionar adequadamente, é fundamental que as outras três articulações que formam a cintura escapular (Escapulotorácica, Acromioclavicular e Esternoclavicular) estejam trabalhando em harmonia. Tentarei explicar em poucas palavras como isso acontece:

A articulação glenoumeral, como já expliquei acima, é uma articulação com predominância de mobilidade, ou seja, é importante que tenhamos uma boa amplitude de movimento nos diferentes planos que essa articulação permite. Seguem abaixo alguns exemplos de boa mobilidade glenoumeral:

Para que a articulação glenoumeral trabalhe bem, além de mantermos uma boa amplitude de movimento, precisamos que a articulação escapulotorácica possa auxiliar os movimentos.

A articulação escapulotorácica tem predominância de estabilidade e um dos principais músculos estabilizadores da escápula é o trapézio inferior

Esse teste abaixo demonstra um bom funcionamento do músculo trapézio inferior

Não podemos deixar de falar sobre a relação dos Ombros com a coluna torácica. A coluna torácica tem um padrão predominante de mobilidade, ou seja, é necessário que tenhamos a capacidade de estender e girar a coluna.

Os dois testes abaixo são exemplos de boa extensão e rotação torácica

A saúde dos Ombros vai muito além de olharmos apenas para a articulação gleno-umeral. É muito importante avaliarmos a estabilidade escapulotorácica e cervical, assim como a mobilidade da coluna torácica.

Se nos testes acima forem identificadas limitações, consequentemente teremos maior sobrecarga para os Ombros em decorrência desses desequilíbrios.

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